quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sindrome do pânico


Ola pessoal, hoje vamos falar de um assunto bem difícil e complicado,  tanto para as pessoas que sofrem deste mal quanto para as pessoas que convivem com as que sofrem deste mal, hoje trataremos da tão falada SINDROME DO PÂNICO.

Antes de tudo gostaria de agradecer a todas as pessoas que colaboraram com o blog mandando seus depoimentos e relatos.



O ar parece faltar, o coração fica acelerado, o suor empapa a roupa. Esses são apenas alguns sintomas de uma crise de síndrome do pânico, também caracterizada por boca seca, tremores, tonturas e um mal-estar geral, acompanhados pela sensação de que algo terrível irá acontecer. A pessoa sente que pode morrer ou enlouquecer nos minutos seguintes.

Esse transtorno é causado pela chamada ansiedade patológica. De acordo com os psicólogos, a ansiedade é um estado emocional natural, e é completamente normal o sentimento de querer antecipar o futuro para evitar perigos ou tentar controlar danos. O problema fica caracterizado quando essa ansiedade começa a causar sofrimento demais para a pessoa. A preocupação culmina nas crises, e a pessoa fica ainda mais ansiosa porque não sabe quando a próxima irá acontecer.

Geralmente, a síndrome do pânico acontece no começo da vida adulta, e aparece em situações de estresse, como pressões no trabalho, no casamento ou na família, em que a pessoa se sente desamparada. O transtorno é de duas a quatro vezes mais freqüente nas mulheres, mas também pode ocorrer com sinais semelhantes nos homens. É claro que um único episódio de crise de ansiedade não caracteriza a síndrome do pânico, mas crises repetidas levam ao desenvolvimento do transtorno.

A maioria dos pacientes passa por vários médicos de especialidades diferentes em busca de uma resposta e do tratamento para tamanha ansiedade, sem saber ou, às vezes, aceitar, que tantos sintomas físicos sejam proveniente de problemas emocionais. Felizmente, o transtorno tem tratamento e, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação. Cada caso é especial, mas geralmente a pessoa é tratada com sessões de psicoterapia e medicamentos. Ela já começa a melhorar entre duas e quatro semanas, mas geralmente leva um ano para se recuperar. Raramente há cura espontânea e, apesar de muitas pessoas ainda colocarem em xeque a relevância de complicações psicológicas, a síndrome do pânico deve ser tratada como doença. Caso contrário, pode levar a complicações ainda maiores: depressão, desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade, e abuso de álcool e/ou de sedativos, com prejuízos para a vida profissional, social e familiar.



a seguir um vídeo que trata de Síndrome do Pânico - sintomas e os fatores que levam a crise:


A síndrome do pânico está ligada à ansiedade generalizada. Um ataque de pânico começa a ganhar força muitas horas antes do próprio ataque. Os ataques de pânico ganham força da ansiedade que se acumula ao longo das horas e dos dias. A ansiedade é definida como um estado de apreensão ou medo, provocado pela antecipação de uma ameaça, incidente ou situação, sejam elas reais ou imaginárias.

A ansiedade é uma das emoções humanas mais comuns durante a vida. No entanto, a maioria das pessoas que nunca teve um ataque de pânico, ou extrema ansiedade, não consegue compreender a natureza assustadora dessa experiência.

Alguns dos sintomas da síndrome do pânico são tonturas extremas, visão embaçada, formigueiro, falta de ar – e isso é apenas o começo! Quando estas sensações acontecem e as pessoas não sabem a razão, acham que contraíram uma doença ou algum grave problema mental. A ameaça de perder completamente o controle parece bastante real e, naturalmente, assustadora.



Estes são alguns dos sintomas da síndrome do pânico:
Tonturas que levam ao pânico.

-Arrepios e calores seguidos de ansiedade.
-Falta de ar e apertos na garganta e no peito.
-Falta de conexão com o que se passa à sua volta.
-Preocupações obsessivas e pensamentos indesejados.
-Batimento cardíaco muito rápido e formigueiros no corpo.
-Um medo aterrorizador que o pânico vai fazer você passar dos limites.

Estas são algumas situações que podem acontecer a pessoas que tem síndrome do pânico:

-Ir parar ao pronto-socorro ou ao hospital porque pensou que estava a ter um ataque cardíaco, mas afinal era ansiedade.
-Medo de parar de respirar porque tem um aperto no peito e a respiração irregular.
-Medo dirigir e ficar parada no trânsito, numa ponte ou num sinal vermelho.
-Nervosismo e medo de perder o controlo e ficar maluca.
-Ter pensamentos ansiosos que não consegue parar.
-Desconforto em lugares fechados como shoppings, super mercados, cinemas, transportes públicos.
-Nervosismo e ansiedade em situações que antes eram normais.



Depoimentos reais de pessoas que sofrem deste mal:

Michelly Muniz , 28 anos
Osasco/SP

A síndrome do pânico, entrou em minha vida há algum tempo, mas o diagnóstico foi dado em março deste ano. Já me tratava da depressão profunda que no meu caso só piorava. Com o diagnóstico veio um alívio porque eu saberia por onde começar a me tratar. Pois até então vivia presa em mim mesma. Presa em meus medos,em meu mundo. Com medo de colocar o lixo pra fora de casa, de sair sozinha , de ficar sozinha.
Descobri que não sou a única que existem muitos iguais e que sofrem tanto quanto ou até mais que eu. Curada? Ainda não. Tenho muitos medos ainda e meu tratamento está no início, mas sei que o medo não é 'real'.Mas tenho com o que me apegar , um primeiro passo, uma esperança de poder voltar a ser a pessoa que fui algum dia e que no momento não sei onde está. As doenças psquiátricas são tratadas de forma muito dogmáticas no Brasil.
Como se você tem alguma doença assim , você é louco, fraco, não tem força de vontade, é preguiçoso, é chato e pessimista. E não somos assim. Muito pelo contrário ,fomos fortes por muito tempo e precisamos de u m tempo a mais que as outras pessoas para nos habituarmos com o rítmo de vida 'normal'.Por enquanto vou levando minha vida com medo do medo. Um dia de cada vez e tentando não atrapalhar a vida da minha família.





Ana Clara, 18 anos
Barra Mansa / RJ

posso se dizer que se nãoa pior,já passei uma terrível fase na minha vida.Tudo começou ano passado,quando tive minha  primeira crise.
Por nunca ter liso sobre síndrome do pânico,não fazia ideia do que era aquela coisa horrosa q eu senti.Fui ao médico desesperada naquela noite e foi assim por 8 meses,achando que estava doente e que iria morrer.Até que descobri que o que eu tenho é isso,esse tormento,pois não tem outra palavra para definir.É como ir ao inferno e voltar,várias vezes sem ter como escapar.
Faço tratamento com antidepressivo e sessões de terapia com psiquiatra.Se posso dar um conselho a pessoas que suspeitam ter isso,procurem um médico rapidamente,pois quanto mais demorar pior fica o quadro,mas no fundo isso valeu pra mim,pois me tornou uma pessoa melhor,mais solidária e me aproximou de Deus de uma forma inexplicável.


Andrea Sea , 39 anos
São Paulo / SP

tenho sp a 10 anos e ja cheguei a ter  5 ou 6 ataques por noite mais hoje em dia me controlo mais, sei quando vai dar e tomo rivotril.mesmo assim tenho cicatrizes por dentro achei que não chegaria aos 30
não dirijo mais em estrada,peguei  pavor de altura e sempre morei em andar alto por noite nao por dia fora os da noite era como se tivesse em cada crise um ataque epilético que quando passava me deixava acabada um lixo sem forças em cima da cama.
Uma vez eu li que ter sindrome do panico era como ir ao inferno e voltar, entao posso dizer que eu era socia do inferno nessa época e cada antidepressivo que o psiquiatra mudava mais eu piorava cheguei a ter 50 kilos.quando decidi morrer mesmo larguei tds os remédios e fui para São Paulo na casa da minha mãe, um dia uma prima da minha mãe foi dormir lá e me viu sem dormir e sem comer ha dias e uma noite ela colocou algo na minha mao e disse poe isso embaixo da língua, foi a primeira noite que dormi e aquele alivio acordei de um pesadelo ai ela me apresentou o rivotril voltei ao medico e disse o que tinha acontecido e ele acrescentou o rivotril aos meus remedios so que eu não comprava os outros so o rivotril mesmo.
Bom ate ai foram uns anos 3 ou 4 parei faculdade e tudo, aos poucos foram se espaçando descobri que o chuveiro era um grande amigo meu nessas horas bem quente ,sento embaixo 1 hora 2 quantas for preciso
as vezes saio e pioro ai volto de novo ,descobri que nessa hora alguem passando as maos com força nas suas costas e braçose maos ajuda tbm melhora a sensação de desrealização.
 Uma frase  que pode não significar nada pra alguem e que me ajuda muito:
EU SOU MAIS FORTE QUE TUDO ISSO
Quando pronuncio isso eu me sinto forte tive altos e baixos nesses 10 anos coloquei silicone, tive outro filho
Viajei mas tambem fiquei em casa 1 ano inteiro sem sair engasgava muito.
É isso,altos e baixo como se minha vida fosse definida antes e depois da SINDROME DO PANICO reaprendi a viver de forma que a ansiedade não me pegue não me arrisco, não vou a parques radicais, nem enterros nem assisto filmes de suspense nem terror evito brigas e lembrar do passado. o dia que quero fachino quando nao quero durmo dia todo,faço só o que eu quero hoje vivo sem pressão nem de mim nem de ninguém e isso vai muito da familia entender meu marido é meu aliado passou tudo comigo meu parceiro meu tudo, quando to bem trabalho quando nao fico em casa. tenho 4 filhos 3 adolescentes e um bebe 11,14,16 e 2 me sentia muito sozinha hoje em dia ja tenho bastante gente ta bem sou muito de conversar com Deus e leio bastante a biblia
Não tenho religiao mas tenho fé e assim vou vivendo esperando a cura ou o remedio mas e como se vc vivesse antes numa estrada longa e larga e depois entrasse num caminho tortuoso apertado e espinhudo a gente vai indo mas é bem mais difícil e como se tudo que vc passasse a vida inteira de uma hora pra outra seu sistema emocional explodisse sem conserto o meu explodiu, quebrou , e defeituoso não vai consertar mas pode melhorar posso andar com ele quebrado se não mecher muito nele

Juliana Lipinski , 27 anos
Rio Grande / RS


Ter sindrome realmente não é facil e nao desejo isso nem pro meu pior inimigo.Ja tive altos e baixos tantas recaidas pior q as outras mais hoje consigo perceber coisas que antes passavam por despercebidas.Me tornei mais humana.Claro com muitas privaçoes e medos.Ja tive epocas que passava mal sempre 24 horas por dia que nem dormir eu dormia direito,Hoje estou em tratamento mais ainda tenho muitos medos principalmente de achar que vou morrer e com alguns sintomas fisicos.Mas ja me sinto pelo menos melhor que antes.


-----------------------------------------------------




Estas e outras pessoas você encontra em grupos específicos do facebook, segue os links:






Referências:
http://sindromedopanico.net/sintomas-sindrome-do-panico/http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/o_que_e_sindrome_do_panico_.html












Um comentário:

  1. Há muitos anos sofro de SP, tenho 29 anos e desde a adolescencia já apresentava alguns problemas psicológicos como hipocondria e ansiedade, tendo que fazer minha primeira terapia aos 13 anos de idade. Desde então minha vida nunca foi fácil, perdi praticamente parte da minha vida trancada dentro de um quarto, vendo a minha vida passar pela janela. Anos se passaram e nada mudou, não consegui fazer nada do que queria, não realizei sonhos.. e com isso veio a depressão também. Me sinto mal todos os dias, tenho sintomas terriveis que não desejo a ninguém, e um medo de nunca melhorar. Hoje tomo ansiolitico a 1 ano, que é o que tem me ajudado a não perder o controle, não me dei bem com antidepressivos. Apesar de tudo com a sindrome do panico aprendi a dar mais valor a pequenos detalhes e aproveitar cada momento.

    ResponderExcluir